quarta-feira, 19 de novembro de 2008

É só saudade...

Será que a sorte virá num realejo?
Trazendo o pão da manhã
A faca e o queijo
Ou talvez... um beijo teu
Que me empreste a alegria... que me faça juntar
Todo resto do dia... meu café, meu jantar
Meu mundo inteiro...que é tão fácil de enxergar...
E chegar

(...)

Será que a noite vira num vilarejo
Vejo a ponte que levara o que desejo
Admiro o que há de lindo e o que há de ser... você
Enquanto for... um berço meu
Enquanto for... um terço meu
Serás vida... bem vinda
Serás viva... bem viva
Em mim

[O Teatro Mágico - Realejo]

sábado, 15 de novembro de 2008

Hoje se perguntou qual a sua cor preferida....
e por um segundo foi difícil.
Então refletiu mais um pouco e concluiu que não poderia ser tão complicado assim...
achou o erro.
Existem matizes infinitas que vão desde as cores primárias aos sentimentos mais raros...

A minha cor preferida tem o nome dela.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

2 em 1

Não tem muito o quê escrever em épocas assim – épocas de bem estar. É difícil porque fosse o contrário, não gosta de espalhar as mazelas por aí, deixá-las pra todo lado, expô-las em vitrine com se clamasse piedade, e por isso escreve: pra desabafar. Nada de chamar atenção ou implorar carinho, não... é só pra se livrar do que não consegue dizer a mais ninguém.
Perdeu o ônibus. Passagem comprada, tudo no lugar e ainda assim perdeu o ônibus. Chegaria tarde. Mas tudo bem, o importante é que chegaria. E chegou. E foi toda aquela comoção quando, a quatro paredes, pôde finalmente demonstrar quanta saudade havia sentido... quanto desejo estava contido.
É que felicidade sabe demonstrar bem: estampa na cara; na cara de boba. E gosta que saibam. E se todos sabem, não há mais o que dizer... pelo menos não a qualquer um! O sorriso largo só não conta o que considera serem histórias privadas – narrativas que quer guardar em êxtase só pra si.
E a olha nos olhos e não tem coragem de dizer. Verdade: é tímida. Uma tímida que nem é tanto nos pudores da pele, no rosto livre de tantos retoques, nas filosofias de vida. Não com ela, mas que ainda trava na fala. E pensa assim: ah, menina... eu quero é me perder nos teus apelos, nos teus pêlos, nessa tua grandeza de espírito e nunca mais me encontrar... deixa então eu entender como você pensa e o que te faz flutuar. Ah... menina! Aqui dentro, quando sinto teu nome, quando respiro teu rosto... é tudo tão maior que eu!...
Ah... menina!...
Ela tem medo de errar a qualquer momento... em qualquer coisa. De cometer o erro ancestral de demonstrar toda a felicidade aos outros, menos à quem é de direito. Se policia. Só ainda não sabe bem como fazer porque esse estado de graça contínuo ainda é novo pra ela.
Ela.
A menina.
Ela e a menina.
E quem é ela pra dizer menina uma mulher tão linda?
Ela é só uma menina...
Ela bem que chorou na despedida!
É que não há muito o mais que dizer.
Esses textos enormes... já não há.
Ela bem que chorou na partida...
Até porque “Eu te amo” é frase tão curta, não é mesmo...
E ainda assim é a síntese.