quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Do meu jeito

Tenho no tornozelo esquerdo resquícios do paraíso que quero encontrar pelo resto da vida.
Tenho ainda as vértebras de uma cascavél.
Sou cobra no Oriente, quem carrega o peso dos feitos do dragão.
Dragão que um dia fui, de escamas traslúcidas, que de tanto entojo tornou-se libélula que, sabe, precisa evolui - rápido e constante - para garantir sobreviver e perpetuar.
Do inseto, pregarei as asas nas costas o mais rápito quanto puder para não mais esquecer do que é preciso - evolução.
Estarão, pois, envoltas em nebuloso resquício do dragão para lembrar da nobreza e da importância.
E nos pés, ainda o guiso, ainda as vértebras
- avisar cautela ao inimigo, não custa
- nem lembrar-se de que todo feito tem peso e consequência para alguém aturar
O braço direito ainda carregará o tamanho, em escamas, do amor que sente pela pisciana
E em algum dos pulsos, o infinito
Assim que perder o medo da dor, metais cravarão locais de subterfúgios
E o que mais eu inventar...

domingo, 16 de agosto de 2009

hoje o dia foi metade.
e, sinceramente, foi o suficiente.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aderindo à Causa

PLC 122/2006

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Dos passos não contados

Ainda pela manhã, a 180 km de distância, sentia o cheiro dela. Aquele cheiro bom que a tira do sério...
Respira fundo. Sente de novo, cheiros e sensações. Fecha os olhos. Sorri. Sente.
De quando a terá de volta aos braços, não sabe. E pelo tempo que já se fazem um único ser, já não guarda as lembranças que doem... só as que queimam.
Vê lá...
“Não temos mais tempo!...”
Fica então a vontade do que não foi, que tira o fôlego na memória e deixa nuances nos sorrisos das imagens captadas nas viagem que – para os cegos seletivos – também nunca foi.
O coração trepida.
Lembra que, no translado para a realidade, o corpo ainda tremia.
A menina se atém a pequenos detalhes que fazem a vida melhor e que a comovem. “Droga... não te beijei na escada... eu sempre te beijo na escada!..”
As vezes se culpa por não ter boa memória.
“Eu não quero ir”, disse querendo chorar.
“Dorme com os anjos...” ouve sempre da fibra óptica.
Disse assim para o gato: “Eu volto!”. Apertou-o contra o peito.
Disse assim para ela: “Mulher da minha vida!...”
Aproveite o processo... já diria o mestre de Yoga.
Conclui na subida da serra eneblinada que não é pra entristecer: é pra dizer “Eu te amo” sempre que possível.